Covid-19 e a resiliência dos Povos Indígenas

Ago 12, 2020 | Pessoas indígenas, Solidariedade e Missão

Nova York, Estados Unidos. Os missionários claretianos têm acompanhado diferentes etnias, ao redor do mundo, desde o respeito por suas culturas, no acompanhamento de suas exigências para que seus direitos sejam respeitados, por isso se uniram à celebração do Dia Internacional dos povos indígenas.

No marco da Comemoração do Dia Internacional dos Povos Indígenas do mundo, a Equipe de Solidariedade e Missão (SoMi) da Congregação dos Missionários Claretianos, realizou um Diálogo virtual no dia 8 de agosto de 2020, sobre a situação das comunidades indígenas nas Filipinas, Quênia, Guatemala e Colômbia. Sob o título: COVID-19 E A RESILIÊNCIA DOS POVOS INDÍGENAS.

O debate se deu em torno de três pontos: a situação geral dos povos indígenas no país, a resposta das comunidades à pandemia do COVID-19 e o acompanhamento missionário dos claretianos.

É a primeira vez que os missionários claretianos organizam um evento de caráter global sobre os povos indígenas, uma atividade online que contou com a participação de mais de 120 pessoas de 24 países, membros da Família Claretiana e Estudantes das casas de Formação. Esta conversa com tradução simultânea para o inglês e o espanhol começou com as palavras do Padre Geral, Mathew Vattamattam, CMF, que nos lembrou que a discriminação sofrida pelos povos indígenas é uma realidade que deve nos desafiar, pois por um lado não é uma atitude cristã e, por outro, lembra que Santo Antônio Maria Claret em diferentes ocasiões e especialmente em Cuba, assumiu uma atitude profética em relação à discriminação sofrida pelos povos.

 

Após as palavras do Padre Geral, iniciou-se um momento de oração animado pela Comunidade Maya Q’eqchi de Izabal, Guatemala. Esta conversa foi moderada por Fernando Guzmán, Leigo Claretiano, da Província de San José del Sur e coordenador da Equipe de Solidariedade e Missão de MICLA, também esteve presente o Pe. Daniel LaBlanc OMI, Secretário de Comunicações do Comitê de ONGs sobre os direitos dos Povos Indígenas presente nas Nações Unidas, Nova York.

Foram momentos muito intensos ao ouvir os testemunhos de Rebecca Tuwa e Maygelyn Tuwa da comunidade Tagakaulo, nas Filipinas; as palavras de Malan Ome e Gabriella Naro Esokon da comunidade Isiolo de Ngaremara (Lowangila Village), no Quênia; A dramática situação dos líderes assassinados na Colômbia na voz de Luis Evelis Andrade Casama, da Comunidade Embera, e Luz Milena Rincón, da etnia Sikuani da comunidade Trompillo-Kuwai, Vichada.

O testemunho claretiano foi também compartilhado: Ir. Joseph Roy D. Villarin, CMF, da Província das Filipinas, Pe. John Obonyo, CMF, originário de Uganda e que acompanha as comunidades do Quênia pertencentes à Delegação Independente de Charles Lwanga e o padre Manuel Sam Cabnal, que pertence ao povo Maya Qéqchi, no Estor Izabal da Província da América Central.

No meio da conversa chegou a notícia da partida para a casa do Pai de Dom Pedro Casaldáliga; um sentimento de vitalidade acompanhou aquele momento, pois para os povos indígenas do Brasil e do mundo a figura deste querido missionário é emblemática e inspiradora na luta pela defesa dos territórios ancestrais. Por um momento a tristeza se apoderou dos participantes, mas a experiência de sua ressurreição encheu-os de coragem para viver com alegria o acompanhamento missionário no meio dos povos indígenas.

Uma das conclusões deste encontro foi a necessidade de consolidar a rede internacional de Solidariedade e Missão Claretiana para apoiar as causas dos povos indígenas e outros povos, que como eles estão sofrendo a destruição e a perda de seus territórios devido aos impactos da indústria extrativista, mineração e petroleira, a violação sistemática dos direitos humanos, a extinção de algumas etnias e línguas indígenas, bem como a perda de conhecimentos ancestrais para o cuidado da saúde e da terra.

 

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