MISSIONÁRIOS ATÉ O FIM

Out 18, 2017 | 109 CMF

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No próximo sábado, dia 21 de outubro, serão beatificados 109 Mártires Claretianos na Basílica da Sagrada Família de Barcelona. A inacabada obra de Gaudí acolherá pela primeira vez em sua história uma celebração deste tipo, com a presença de uns 3.500 fieis. A cerimônia será presidida pelo Cardeal Ângelo Amato, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos. Será acompanhado pelo Arcebispo de Barcelona, Cardeal João José Mella, pelo Núncio da Sua Santidade, D. Enzo Frattini e por numerosos Bispos das Dioceses catalãs, do resto da Espanha e de outros lugares do mundo, incluindo um grupo de 14 Bispos Claretianos. A Eucaristia, que começará às 10 horas da manhã, será transmitida diretamente pela 13TV e por diversas plataformas de internet, como por exemplo: www.109cmf.org.

Este numeroso grupo de Mártires Claretianos se une aos 75 que já foram beatificados ao longo dos últimos 25 anos. No dia 25 de outubro de 1992, São João Paulo II beatificou em Roma os 51 Mártires de Barbastro, o “Seminário Mártir“, como ele mesmo denominou. O filme Um Deus proibido (2014) difundiu sua comovedora história. Treze anos depois, no dia 20 de novembro de 2005, em Guadalajara (México), foi beatificado o Padre André Sola Molist, missionário claretiano espanhol, assassinado no dia 25 de abril de 1927, no Rancho São Joaquim, perto da cidade de León, no México. E no dia 13 de outubro de 2013, em Tarragona, foram beatificados 23 Mártires Claretianos, assassinados em Siguenza, Fernán Caballero e Tarragona, que faziam parte do grupo de 522 “Mártires do século XX na Espanha“, que foram beatificados neste dia.

Os 109 Mártires provinham das comunidades claretianas de Barcelona (8), Castro Urdiales (3), Cervera-Mas Claret (60), Sabadell (8), Vic-Sallent (15), Lleida (11) e Valencia (4). Encabeçando este nutrido grupo de Mártires figuram três nomes: Mateus Casals (sacerdote), Teófilo Casajús (estudante) e Fernando Saperas (Irmão). Eles representam os 49 Sacerdotes, 31 Irmãos e 29 Estudantes que serão beatificados. Catalães, navarros, aragoneses, castelhanos… todos partilhavam a comum profissão religiosa e um grande amor a Jesus Cristo e à Igreja. Menos dois que morreram em 1937, todos foram martirizados nos últimos meses do ano de 1936, durante a perseguição religiosa que teve lugar na guerra civil espanhola. Na página web que os Missionários Claretianos criaram por ocasião da beatificaão (www.109cmf.org) podem encontrar as biografias de cada um deles e diversos relatos do seu martírio.

São muitos os testemunhos sobre sua maneira de enfrentar a morte. O Pe. Júlio Leache, navarro de 27 anos, assassinado na chácara Mas Claret, perto de Cervera, esclarece bem os verdadeiros motivos do martírio: “Se nos querem matar, gostaria que fosse somente por Deus, isto é, que me matem celebrando, administrando os Sacramentos ou rezando. Mas não por outros motivos humanos ou políticos… Se nos matam por fascistas, pouca graça tem e pouco mérito tem, já que há fascistas de todas as cores. Mas se nos matam por rezar a Missa e por sermos católicos, isto é meritório diante de Deus, isto é ser mártires”. O Pe. Jaime Payás, martirizado em Sallent, explicita que morrem sem ódio, perdoando a seus verdugos: “Perdoo a todos os que querem me fazer mal e lhes dou um abraço de amizade, não guardo rancor de ninguém, nem de quem me tirou de casa como um cachorro; também a Ti fizeram o mesmo” O Pe. Emili Bover, assassinado no cemitério de Cervera no dia 20 de agosto, exclamou antes de morrer: “Eu vos perdoo de coração por amor de Deus”.

Não é fácil compreender hoje a força impressionante destes testemunhos. Na carta que o Superior Geral dos Claretianos, o Pe. Mathew Vattamattam, publicou por ocasião da beatificação, escreve: “Em tempos líquidos como os nossos, estas atitudes sólidas nos desarmam e nos estimulam. Com a graça de Deus, sempre é possível ser fieis a Jesus por mais difíceis que sejam as circunstâncias. Estamos chamados a ser testemunhas valentes em meio a muitas provas e contradições”. E, mais adiante, acrescenta: “Uma beatificação é sempre uma celebração da fé e do perdão, não um juizo ou uma vingança. Por isso, tem sempre sentido. Não é um ajuste de contas com o passado mas uma aposta de futuro. Somente podemos viver juntos quando aprendemos a respeitar-nos e a perdoar-nos”.

O tema escolhido para a beatificação é Missionários até o fim. A palavra Missionários resume a identidade carismpática dos Claretianos. A expressão até o fim, escrita em letras vermelhas, que simbolizam o sangue derramado, evoca uma vida missionária levada até às suas últimas consequências: dar a vida por Cristo como Ele mesmo o fez por nós (cf Jo 13,1).

Gonzalo Fernández Sanz, CMF

LINKS DO STREAMING:

Vigília: https://www.youtube.com/watch?v=gcLxvdkQXwQ

Beatificación (Español): https://www.youtube.com/watch?v=z4NjWJbWjbY

Beatification (English): https://www.youtube.com/watch?v=3ZlCBjkCv1U

Ação de graças: https://www.youtube.com/watch?v=3TbeuRO7lBM

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