No rincão paradisíaco de Medellín, na “Casa Villa Claret, Picacho”, hoje, 2 de dezembro, iniciamos o encontro do Governo Geral com as equipes de Governo dos Missionários Claretianos da América (MICLA).
Eucaristia inicial
Iniciamos nosso encontro com a Eucaristia presidida pelo Pe. Ismael Montero, CMF, presidente de MICLA e superior provincial da América Central. Concelebraram os Padres Marcos Aurélio Loro, CMF e Enrique Mascorro, CMF., Vice-presidente e vocal, respectivamente, do Conselho de Administração de MICLA 2018 – 2021.
Durante a homilia, o Pe. Ismael, entre outros pontos, nos convidou a considerar nosso encontro no âmbito do Advento. Este tempo litúrgico, disse ele, nos convida a sublinhar a ação do Espírito com sua carga de novidade. É uma oportunidade para converter nosso continente e nossos organismos em particular, na Belém desejada, onde a Palavra de Deus se faz carne. Para isto, devemos insistir na necessidade de nos deixarmos habitar pelo Espírito, o mesmo que move (o motivador) nossa vida missionária. A ação do Espírito nos permite estar enraizados e arriscados para a missão.
O Ir. Carlos Verga, CMF, coordena a apresentação dos missionários, objetivo e horário.
Já na sala de trabalho, o Ir. Carlos “Charly” convidou os missionários a nos apresentar, citando: nome pessoal, organismo a que pertencemos, cargo que desempenhamos e nossa principal motivação missionária atual. A lista de motivações expressas, além de variada, foi enriquecedora, por exemplo: sou motivado por nossa espiritualidade missionária, o Espírito que atua e impulsiona nossa missão, a riqueza de nossa diversidade, comunhão fraterna, interculturalidade, a contribuição das novas gerações, a missão compartilhada, somos chamados a defender a vida, construir pontes e derrubar muros, etc.
Charly apresentou o tema da reunião: “Testemunhas e mensageiros da alegria do Evangelho.” O objetivo: “Discernir os desafios à nossa vida missionária e nossas respostas na América após as visitas canônicas ao continente e as orientações do XXV Capítulo Geral”. O ícone do encontro: Lc 2, 41-52 “Contemplar Maria, a discípula missionária”.
Mensagem do Padre Geral
Em outro momento, o Pe. Mathew Mattamattam, CMF, Superior Geral, entregou e leu sua mensagem, previamente preparada para esta ocasião. O texto começa recordando a próxima celebração do 150º aniversário da chegada do carisma claretiano à jovem vinha. Nossa memória missionária, por seus grandes missionários e obras exemplares, nos permite agradecer o dom da vocação e nos chama a renovar o compromisso com os desafios de uma mudança de época. Hoje, os Claretianos da América pertencem a uma vinha adulta; esta realidade exige generosidade para produzir frutos de justiça, paz, defesa dos excluídos e do nosso planeta. O Pe. Geral, no final de sua mensagem, ofereceu os seguintes pontos para o discernimento coletivo: a necessidade de ir além dos aspectos aparentes e visíveis de nossa cultura e sociedade. A necessidade de estabelecer redes e compartilhar uma visão comum na Pastoral Paroquial, na educação superior, na imigração e nos refugiados, seu apoio à Vida Consagrada, a plataforma da Internet, das redes sociais para a evangelização e a missão dos povos amazônicos e indígenas. Outro ponto de discernimento foi caminhar em comunhão com a Igreja Universal. Por fim, a presença dos jovens e o desafio da seleção vocacional e a formação. Durante a mensagem fez ressoar a frase memorável do Pe. Peter Schweiger: “Somos uma Congregação pequena o suficiente para nos conhecer e grande o suficiente para fazer grandes coisas na Igreja”.
Outras mensagens
Depois, o Pe. Enrique Mascorro, CMF, em nome de MICLA, entregou uma mensagem própria e outra mensagem enviada pelo secretário executivo de MICLA, Pe. José Vidal Pérez, CMF. As duas mensagens coincidem, em seu espírito, com a mencionada pelo Pe. Geral. Para concluir a sessão, o Pe. Armando Valencia, CMF, Superior Maior da Província da Colômbia – Venezuela, como bom anfitrião, deu a fraterna boas-vindas aos presentes.
Participação do Pe. Agustín Monroy Palacios, CMF
À tarde, após o almoço, o Pe. Agustín Monroy Palacios, CMF, inspirado no ícone bíblico de Maria (Lc 2, 41-52), ajudou-nos a refletir sobre o nosso compromisso missionário na América, hoje. Ele dividiu sua participação em quatro pontos: a narrativa mariana nos textos sinóticos, Maria na América (o texto da mopohua nicana e as aparições de Guadalupe), Ícone mariano hoje na América e uma reflexão pessoal. Podemos destacar algumas contribuições centrais da participação de Pe. Agustín Monroy:
Os evangelhos sinóticos nos levam a entender o relacionamento de Jesus com Maria. Antes de tudo, ela é discípula. Após um processo de discernimento, Maria cumpre a palavra em seu serviço materno aos pobres.
A visita de Maria no Tepeyac renova a ação de Deus em favor dos pobres.
Hoje, como em outros tempos, Maria é mediadora de Deus. Conosco percorre os caminhos missionários para recuperar a esperança e a alegria dos feridos.
A questão da interculturalidade e da sinodalidade, critérios para a evangelização atual, está subjacente tanto nos textos marianos sinóticos quanto no Nican mopohua.
Enrique Mascorro López, CMF
Cronista