AMOR A MARIA
Duas perspectivas sugere este texto. O sentimento pessoal de Maria e a atitude que nós, seus filhos, devemos manifestar.
O sentimento de Maria é claro, claríssimo. Ela não merece nada, tudo lhe foi dado: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor… Ele fez em mim grandes coisas” (Lc 1, 46ss). Desde esta atitude ensina o caminho a seguir. Com gratidão imensa recebe em seu seio o Verbo e faz crescer a humanidade assumida, com seu sangue. Começa uma realidade que não se costuma explicar. E é uma pena. Trata-se da experiência mariana de Jesus. Dirá Bento XVI: “A mãe é a mulher que dá a vida, mas também ajuda e ensina a viver. Maria é Mãe. Mãe de Jesus, a quem deu seu sangue, seu corpo” (audiência de 31 de dezembro de 2005).
Reafirmo: “Ajuda e ensina a viver”. Os psicólogos e médicos nos indicam as duas grandes necessidades da criança, já desde o seio materno da mãe: de sucção e de relacionamento. Isto é, de alimento e de carinho. A falta de uma delas repercute na saúde e no equilíbrio psicológico futuro. Diante da personalidade impressionante de Jesus de Nazaré tiram o chapéu até os que negam sua divindade. Deve-se reconhecer n’Ele a mais eminente das personalidades religiosas, das que, ainda hoje, pode brotar em forma incessantemente renovada uma força espiritual sem igual na história”, escreveu Martinetti.
Podemos imaginar o fogo do amor que envolveu o menino no lar de Maria e José? Este fogo fez crescer o menino “em idade, sabedoria e graça” (Lc 2,51). Imaginemos as explicações que recebia o menino quando, como todos, perguntava: “E isso, por que, Immá?” (= mamãe, em aramaico).
E a segunda perspectiva se reduz a uma linha. Obrigado, Jesus, meu irmão maior, porque fizeste tua Mãe e minha tão maravilhosa. Merece meu amor e serviço incondicional.